Resenha | Vagabond

Samurais foram valorosos e honrados guerreiros que defenderam seus senhores feudais durante o “Japão Feudal“, período que durou aproximadamente 1.000 anos. Durante esse tempo diversos samurais como Minamoto Tametomo, Honda Tadakatsu, Tomoe Gozen, preservaram seu nome na história devido aos seus grandes feitos, entre tantos nomes nenhum outro ganhou tanto prestígio e fama quanto Miyamoto Musashi. Criador do estilo Niten Ichi Ryu, que consiste no uso de duas espadas, Musashi foi um dos (se não o maior) espadachim do Japão, tendo enfrentado mais de sessenta oponentes sem nunca ter perdido nenhum duelo, mesmo aqueles em que lutou em grande desvantagem (como enfrentando mais de um oponente ou utilizando pedaço de madeira e remo em vez de uma espada). Sua fama também se deu a sua alta inteligência e perícia tática, mostrando a força e habilidade não são as duas únicas coisas necessárias para vencer um combate.

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Vagabond é um mangá que conta a história de Shinmen Takezo, um rapaz de 16 anos, e sua jornada que o levou a se tornar Miyamoto Musashi, o maior samurai da história. Do mangaká Takehiko Inoue – conhecido por Slam Dunk; tem a história baseada na biografia e relatos de Miyamoto Musashi, cobrindo todos os eventos e duelos conhecidos e preenchendo os espaços vazios da história com uma excelente liberdade criativa, que consegue prender o leitor, que mesmo conhecendo algumas partes da história ainda irá se surpreender. Além da excelente qualidade da narrativa, Takehiko Inoue também faz um ótimo trabalho com a arte, fugindo totalmente do estilo mangá padrão dos olhos grandões, em Vagabond nós vemos uma arte mais realista que se ajusta com perfeição ao clima e estilo da história.

No Brasil, Vagabond começou a ser publicado pela Conrad em 2001 e chegou a lançar 44 volumes (cada um contendo 5 capítulos) até 2006, quando começou a relançar a relançar o mangá em um novo formato contendo 10 capítulos cada volume, essa publicação durou até 2007 quando foi cancelada com 14 volumes, depois em 2014 Vagabond voltou a ser publicado pela Nova Sampa, que continuou a publicação de 10 capítulos por volume, porém após o lançamento de 4 volumes foi cancelado. Agora em 2016, Vagabond recai nas mãos da Panini que resolveu relançar desde o inicio essa grandiosa obra. Com formato de 10 capítulos por volume e um preço bem mais justo do que as editoras passadas cobraram, aposta no sucesso dessa grande obra.

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A história de Vagabond começa logo após a Batalha de Sekigahara, onde Shinmen Takezo – que nessa idade já havia derrotado o espadachim Arima Kihei em sua cidade Natal; e seu amigo Hon’iden Matahachi foram para a guerra em busca de fama e experiência. Apesar do fracasso no combate, ambos conseguiram sobreviver. Ainda abalados e fracos pelo combate, são encontrados pela jovem Akemi, que os leva para a casa de sua mãe, Okoo. A partir daí começa toda a jornada de Shinmen Takezo em busca de adquirir conhecimento e experiência para se tornar um formidável espadachim.

O Mangá, como era de se esperar, é recheado de combates, que na arte maravilhosa de Takehiko Inoue se tornam ainda mais empolgantes. Além disso a história ainda conta com diversas aventuras e desaventuras de Shinmen Takezo com desfechos inesperados. Apesar de ser um grande clássico dos mangás, Vagabond dispensa completamente todos os estereótipos e clichês do gênero, tanto em sua arte quanto enredo.